Alguma situação semelhante a essas descritas já deve ter acontecido com você, que mora em condomínio, e mesmo tendo comércio próximo, daria tudo para não ter que sair do local, não é mesmo? Imagine para os moradores que ficam mais afastados, a alegria que é contar com o mini mercado em condomínio.

Ideia deve ser aprovada em assembleia

No entanto, você deve estar se perguntando se é permitido abrir um mini mercado em condomínio. A resposta é sim. Desde que o síndico valide a vontade dos condôminos em assembleia, analise a viabilidade do projeto, e tenha um espaço exclusivo destinado a esse comércio.

A idoneidade do vendedor e todos os custos envolvidos, como luz, água, limpeza e percentual repassado pelo vendedor ao condomínio precisam ser analisados cuidadosamente.

Muitos condomínios já vêm disponibilizando espaço para uma feira exclusiva semanal aos moradores. Lembrando que isso somente é possível mediante autorização da prefeitura municipal e da vigilância sanitária.

Para instalar um mini mercado no condomínio não é necessária uma área muito grande. Cerca de 20 metros quadrados livres são suficientes. Podendo ser até menor. O local pode ser no hall de entrada, na recepção, no corredor ou até em uma vaga disponível na garagem.

O mini mercado autônomo geralmente é abastecido com frutas, alimentos não-perecíveis, chocolates, itens de padaria, bebidas, papel higiênico, salgadinhos, entre outros.

Vantagens e desvantagens de mini mercado em condomínio

Assim como qualquer outra atividade que venha a ser instalada em um condomínio, sempre há os prós e os contras, tanto para a gestão do local, quanto para os moradores. Conheça, a seguir, as vantagens e desvantagens de ter mini mercado em condomínio:

Vantagens

• Custo zero para o condomínio. O mini mercado vem com a estrutura montada (normalmente são containers) e com os produtos disponibilizados;
• Comodidade, praticidade e segurança: o morador evita exposição ou aglomeração nos supermercados, não precisa sair para a rua para comprar, nem ter contato com funcionário para isso. Basta escolher o produto e pagar pelo aplicativo. O mini mercado nunca fecha, ficando aberto 24 horas por dia;
• Evita estoques de alimentos em casa. O condômino compra apenas o que precisa na hora;
• Ajuda a suprir demandas de pessoas com problemas de acessibilidade, como idosos, pessoas com deficiência (PCDs) e profissionais com pouco tempo disponível;
• Facilidade na instalação e renda extra para o condomínio: não há custos de instalação. Isto é, uma porcentagem da quantia arrecadada na venda dos produtos será devolvida ao condomínio. E, assim, o condomínio adquire uma renda extra que pode ser revertida para benfeitorias em todo o empreendimento;
• Valorização do condomínio.

Desvantagens

• Falta de espaço adequado nas áreas comuns do condomínio para instalação de mini mercado;
• Risco de taxa de inadimplência no condomínio. Vale destacar que os mercadinhos em condomínio costumam funcionar como negócio honest market (mercado da honestidade). Ou seja, tudo é feito pelo próprio morador do condomínio, desde a escolha do produto até o pagamento via aplicativo ou cartão de crédito – sem a supervisão de ninguém, exceto das câmeras de segurança;
• É preciso obter autorização de mini mercado em assembleia condominial, permitindo a atividade comercial, verificando se a prática não fere as normas estipuladas pela convenção do condomínio. Caso contrário, o documento deverá ser alterado;
• O condomínio deve declarar Imposto de Renda sobre os rendimentos, caso o valor arrecadado por ano-calendário ultrapasse o teto legal, não sendo esse montante utilizado para cobrir custos e despesas.

Uma mão na roda

Durante a Pandemia do Coronavírus, muitos condomínios inovaram com a implementação do mini mercado. Foi uma alternativa importante para manter as pessoas dentro de seus apartamentos com conforto e segurança. A ideia pegou bem e, mesmo após este período, as pessoas continuam valorizando a iniciativa.

via tudocondo.com.br